terça-feira, 21 de outubro de 2008

A CONTRIBUIÇÃO DOS AFRICANOS


Antes dos escravos africanos chegarem ao Brasil, eles já haviam recebido uma espécie de “curso prévio de alimentação local” . Tinham comido o milho americano, farinha de mandioca, aipim e diferentes tipos de feijões, além de tomarem cachaça, em vez do vinho da palmeira dendê.

Os portugueses distribuíram diversas espécies de alimentos com surpreendente eficiência. De suas mais distantes colônias orientais e africanas trouxeram para o Brasil sementes, raízes, “mudas” e bulbos. A disseminação da mandioca, do milho, da batata e do amendoim brasileiros tiveram uma intensidade, rapidez e precisão incomparáveis.

O café, o açúcar, o cacau e o fumo também se expandiram, ainda que mais lentamente.

Os negros faziam farinha, já conhecida pelos tupis brasileiros. Comiam o milho sempre cozido, em forma de papa, angu ou fervido com leite de vaca, em preparo semelhante ao atual mungunzá.

A banana foi herança africana no século XVI e tornou-se inseparável das plantações brasileiras, cercando as casas dos povoados e as ocas das malocas indígenas, e decorando a paisagem com o lento agitar de suas folhas. Nenhuma fruta teve popularidade tão fulminante e decisiva, juntamente com o amendoim.
A banana foi a maior contribuição africana para a alimentação do Brasil, em quantidade, distribuição e consumo.

Da África vieram ainda a manga, a jaca, o arroz, a cana de açúcar.
Em troca, os africanos levaram mandioca, caju, abacaxis, mamão, abacate, batatas, cajá, goiaba e araçá. O coqueiro e o leite de coco, aparentemente tão brasileiros, também vieram do continente africano, bem como o azeite de dendê.

A palmeira do dendê foi cultivada ao redor da cidade de Salvador, o maior centro demográfico da época, onde a presença africana tornou- se marcante. O uso do dendê era transmitido pelos escravos e as negras que serviam nas residências dos brancos. Eles impunham o azeite-de-dendê como a cozinheira portuguesa impunha o uso do azeite de oliva. Quando o Rio de Janeiro se tornou capital do Brasil (1763) e a população aumentou, exigindo maior número de escravos para os serviços domésticos e plantio de açúcar, algodão e café nas regiões vizinhas, o azeite-de-dendê acompanhou o negro, seja nas frituras de peixe, ensopados, escabeches ou nos refogados.

As extensas plantações de açúcar, o ciclo do ouro e dos diamantes e o surto cafeeiro fizeram com que grande parte da população negra se deslocasse em direção a Pernambuco, Minas Gerais e São Paulo, respectivamente. Mas nessas regiões, a culinária africana não conseguiu se impor com a mesma força. Em parte alguma a cozinha africana conservou a cor e o sabor que se mantiveram na Bahia.

A intensificação do tráfico de escravos, da segunda metade do século XVIII à primeira metade do século seguinte, facilitou a ida e a vinda de várias espécies de plantas alimentares entre Brasil e África.

A população negra que vivia no Brasil plantou inúmeros vegetais que logo se tornaram populares, tais como: quiabo, caruru, inhame, erva-doce, gengibre, açafrão, gergelim, amendoim africano e melancia, entre outros.

Os negros trouxeram para o país a pimenta africana, cujo nome localizava a origem, Malagueta. A malagueta apenas aumentou o prestígio das pimentas brasileiras, que também dominaram o continente africano. Quanto às carnes, o único animal africano que continua colaborando no cardápio brasileiro é a galinha-d’angola.

O cardápio do escravo de uma propriedade abastada consistia em farinha de mandioca, feijão preto, toucinho, carne-seca, laranjas, bananas e canjica. Para o negro de propriedades mais humildes, a alimentação se resumia a um pouco de farinha, laranjas e bananas.

Angu de milho também fazia parte da dieta do escravo em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, além da caça e pesca ocasionais. Nas fazendas do Norte, eram consumidos alguns tipos de peixe e fazia-se uma espécie de “bucha” com a carne de carneiro, como a atual buchada de bode. Às vezes os escravos comiam pirão, prato mais bem aceito, provavelmente por ser mais fácil de engolir, pois não
havia tempo para comer.

O negro criou um jeito de fazer render a pouca comida que recebia: inventou o pirão escaldado chamado massapê, feito com farinha de mandioca e água fervente, acrescido de pimenta malagueta. O massapê ainda é usado em nosso meio rural.

O escravo dos engenhos de açúcar se alimentava de mel com farinha.

Bebia caldo de cana, cachaça, mel com água, sucos e café.

12 comentários:

Kpriela disse...

kkk num entendii nadaaaaaaaaaa

Kpriela disse...

eu nao entendi nada.. nao gostoo disso so to aqi pra ser o 1 comentario e tenho um trabalho sobre isso pra amanha e ja sao 19 h

srtanitica disse...

eu gostei muito disso fala de tudo e eu acho que tiro uma nota boa no trabalho

Unknown disse...

gostei muito e falou de tudo que eu presizava.........

Unknown disse...

amei obriga me ajudou muito no trabalho da escola sonho e realidade

Unknown disse...

<<>>Minha filha tirou 10 na prova!<<>>

Unknown disse...

A origem do coqueiro é do Sudeste da Ásia. A planta foi introduzida no Brasil pelos portugueses, por volta do ano de 1553. Primeiramente foi inserido no estado da Bahia (daí côco-da-Baia), disseminando-se por muitas regiões, principalmente pelo litoral nordestino.

Registros fósseis da Nova Zelândia indicam a existência de pequenas plantas similares ao coqueiro de mais de 15 milhões de anos.

Unknown disse...


Resultado de imagem para origem do amendoim
O amendoim é uma planta originária da América do Sul (Brasil e países fronteiriços: Paraguai, Bolívia e norte da Argentina), na região compreendida entre as latitudes de 10º e 30º sul, com provável centro de origem na região do Chaco, incluindo os vales do Rio Paraná e Paraguai.

Unknown disse...

nativa do sul e do sudeste asiáticos[1] desde o leste da Índia até as Filipinas, e introduzida com sucesso no Brasil, em Angola, em Moçambique e em outros países tropicais. O nome da fruta vem da palavra do idioma malaiala manga e foi popularizada na Europa pelos portugueses, que conheceram a fruta em Kerala (que conseguiram pelas trocas de temperos).

A manga é a fruta nacional da Índia, onde há mais de 100 variedades,[2] Filipinas e Paquistão.

Unknown disse...

A cana-de-açúcar é originária das regiões tropicais do sul da Ásia e da Melanésia. Foi descoberta pelos persas e gregos, nos séculos IV e VI a.C.

Unknown disse...

A Jaqueira é considerada espécie nativa no sul e sudoeste da Ásia e se acredita que é originária da Índia. A Jaca atualmente é cultivada, bem como se desenvolve espontaneamente, em vários países tropicais de diversas partes do mundo.

Unknown disse...

O arroz é uma das culturas mais importantes a serem domesticadas a nível mundial, sendo a Ásia (Oryza sativa L.), a África (Oryza glaberrima Steud) e a América (Oryza sp.) discutidas como os berço da domesticação.