sábado, 18 de outubro de 2008

AZEITE DE DENDÊ





O azeite-de-dendê é extraído da polpa do fruto da palmeira do dendê, originária do centro da África e que foi introduzida, adaptada e naturalizada em todas as regiões tropicais do globo. No Brasil, as primeiras sementes do dendezeiro foram trazidas há mais de três séculos, pelos antigos escravos africanos.

Atualmente, as maiores plantações de dendê estão concentradas no Pará, no Amazonas, no Amapá, em Minas e na Bahia. Com sabor doce, aroma forte, consistência densa o azeite-de-dendê é rico em provitaminas. Como ingrediente da culinária baiana, o azeite-de-dendê foi empregado com sabedoria ancestral, de origem sagrada, nascida nos candomblés da África negra. Até os dias atuais, este elemento tem sido parte fundamental na elaboração dos principais pratos da cozinha baiana.
É, no entanto, nos efeitos para a saúde do homem que os defensores do dendê encontram seus principais argumentos. Enquanto a extração e refino do óleo de palma são feitos de forma física (natural), os da soja, por exemplo, dão-se por meios químicos. Para produzir gorduras sólidas, a soja requer hidrogenação do óleo de modo artificial, o que acaba resultando num produto semelhante ao de origem animal.
Composição e usos
O azeite de dendê contém proporções iguais de
ácidos graxos saturados (palmítico 44% e esteárico 4%) e não saturados (oléico 40% e linoléico 10%).

É uma fonte natural de
vitamina E, tocofeiros e tocotrienois que atuam como antioxidantes. É rico também em betacaroteno, fonte importante de vitamina A.

É o óleo mais apropriado para fabricação de
margarina, pela sua consistência e por não rancificar, excelente como óleo de cozinha e frituras, sendo também utilizados na produção de manteiga vegetal, apropriada para fabricação de pães, bolos, tortas, biscoitos finos, cremes, etc. O maior uso de óleo de dendê é como matéria-prima na fabricação de sabões, sabonete, sabão em pó, detergentes e amaciantes de roupa biodegradáveis, podendo ainda ser utilizado (com restrições) como combustível em motores a diesel.

Um comentário:

Filhos da Tropicalia disse...
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