J
JEJE - vd. Nação. vd. Fón.
JELÚ - Um dos nomes pelos quais é conhecido Èsù Àjelú ou Ijelú.
L
LAVAGENS - Termo genérico pelo qual são designados os ritos Iustrais dos candomblés. Esses ritos purificatórios podem ser exercitados sobre os colares cerimoniais, as pedras (òtá) consagradas aos òrìsà, e nos templos. A mais tradicional manifestação publica dessa cerimônia é realizada na Igreja de N. S. do Bonfim, na Bahia.
LAVAGEM-DE-CONTAS - Rito de agregação que consiste em lustrar os colares sagrados. Esse ritual marca o aparecimento do postulante como abiã, vinculando-o a estrutura hierárquica de uma casa-de-santo.
LÒGÚN EDE - Divindade yorùbá considerada no Brasil filho de Ibualama ou Inle (Òsóòsì) e Òsun Yéyéponda. Homem durante seis meses, jovem e caçador. Nos outros seis, mulher, bela ninfa que só come peixes. Suas insígnias são o ofà (vd.) e o leque dourado (abebe) de Òsun. Suas cores são o azul e o amarelo-ouro translúcido. Seu dia da semana é quinta-feira. Saudação ? "Lóògún!"
M
MACUMBA - Denominação genérica de cultos afro-brasileiros com influências católicas e espíritas, que se desenrolam em meio a danças e cânticos rituais, ao som de instrumentos de percussão.
MÃE-CRIADEIRA - Termo de referência que designa a ebômin encarregada de atender o noviço durante o seu período de reclusão. É a responsável pelo preparo e administração dos alimentos; higiene pessoal; guarda-roupa e instrução do neófito nos mistérios do culto. Por isso, diz-se que "cria" aquele que está sendo iniciado.
MÃE-DE-SANTO - vd. Babalorixá.
MÃE-PEQUENA - Título honorífico feminino que corresponde à segunda pessoa na ordem hierárquica de uma casa-de-santo. Também ocorre a forma ia-kekerê. Seu equivalente masculino é pai-pequeno. Diz-se, também, mãe ou pai-pequeno daquele que, ao lado da mãe ou pai-de-santo, encarrega-se da formação do iaô (vd. Filho-pequeno).
MÀRÌWÒ - As folhas desfiadas do dendezeiro (Elaeis guyneensis, A. Cheval, PALMAE) que guarnecem as entradas de uma casa-de-santo contra os egún, os espíritos dos mortos.
MATAMBA - vd. Ìyásan.
MAWU - vd. Òòsàálá
MOJÚBÀ - Louvação endereçada aos ancestrais ilustres, forças da natureza e aos próprios òrìsà, durante os ofícios litúrgicos.
MUZENZA - Diz-se dos filhos-de-santo nos candomblés de "nação" angola. 0 mesmo que iaô. Por extensão, designa a primeira saída pública do neófito no rito angola. Significa, literalmente, "estranho ser animado", na etimologia da língua kikongo.
N
NAÇÃO - Designa, no Brasil, os grupos que cultuam divindades provenientes da mesma etnia africana, ou do mesmo subgrupo étnico. Mo exemplos do primeiro caso as "nações" congo, angola, jeje, ao passo que o segundo caso é ilustrado por kétu, ijesà e òyó,correspondentes aos subgrupos da etnia nagô. Trata-se, na verdade, de categorias abrangentes as quais se reduziram as múltiplas etnias que o tráfico negreiro fez representadas no Pais. 0 termo tem servido para circunscrever os traços diacríticos através dos quais se revela um mundo caracterizado por um notável conjunto de elementos comuns. Tem servido, além disso, paia hierarquizar esse universo em termos da maior ou menor "pureza" atribuída a cada "nação" em virtude de uma suposta fidelidade e autenticidade litúrgicas.
NÀNÁ - Divindade das águas primordiais, dos pântanos e brejos. Daí associada quer ao limo fertilizante e a vida, quer a putrefação e a morte. Considerada mãe de Omolú é sincretizada com Sant'Ana. Suas cores são o vermelho, o branco e o azul que exibe em seus colares. Sua insígnia é o Ibiri ? artefato confeccionado com a nervura central das folhas do dendezeiro, de ápice recurvo como um báculo. Seu dia é sábado. Saudação ? "Sálùba"
NOZ-DE-COLA - vd. Obì.
O
OBÁ - Terceira mulher de Sòngó, Obá é a deusa nigeriana do rio do mesmo nome. Muitas vezes se confunde com Ìyásan, pois, além de casada com Sòngó, usa também espada de cobre. Na outra mão leva, seja um escudo, seja um leque com o qual esconde uma de suas orelhas em lembrança do episódio mítico que deu margem à sua rivalidade com Òsun. No Brasil é sincretizada com Santa Catarina e Santa Joana d'Arc. Seu dia é quarta-feira. Seus colares são de contas alternadamente amarelas e vermelhas de tonalidades leitosas. E saudada como "Obáxireê!"
OBALÚWÀIYÉ - É a "forma" jovem de Sòpònnón, do qual Omolu é a "forma" velha. Divindade da varfvola e das moléstias infecto-contagiosas e epidêmicas, consta como filho de Nàná, criado por Yemoja, e, portanto, irmão de Òsùmàrè Veste-se todo de palha, com o que cobre as suas ulcerações. Sua saudação ? "Atotó!" ? significa "Calma!", exigida a um deus tão poderoso e temível. Sua insígnia é o sàsàra ? feixe de nervuras das folhas do dendezeiro, amarrado com tiras de couro, em vermelho e preto (ou branco e preto), incrustradas de búzios. É sincretizado, no Brasil, com São Roque, as vezes, com São Lázaro e ainda com São Sebastião, em Recife.
OBÀTÁLÁ - vd.Òòsàálá.
ÒBE - Termo que designa a faca usada nos sacrifícios, por extensão qualquer faca no jargão do candomblé.
0BÌ - Fruto de uma palmeira africana (Cola acuminata, Schott. & Endl. ? STER-CULIACEAE) aclimatada no Brasil. Indispensável no candomblé, onde serve de oferenda para os òrìsà e é usado nas práticas divinatórias simples, cortado em pedaços.
OBRIGAÇÃO - vd. Ebo.
OBRIGAÇÃO DE SETE ANOS - E uma das obrigações mais importantes da carreira iniciática. Equivale a um autentico rito de investidura, a partir do qual, tornando-se ebômin, o filho-de-santo pode proceder a iniciação de outros.
ODÙ - Pronunciamento oracular resultante da prática divinatória com o òpèlè (vd.), com os cocos de dendê (vd.) ou com os búzios (vd.). Há 16 odù primários ou maiores. Suas combinações com os 16 secundários resultam em 256, cujos desdobramentos chegam a 4.096. Cada odù é nominado e pertence a uma divindade.
ODÙDUWÀ - Divindade yorubá, ora apresentada, nos mitos, como masculino e irmão de Obàtálá (vd.) (vd. também Cesto-da-criação), ora como feminino e, no caso, esposa deste ultimo. Odùduwà significa "a cabaça de onde jorrou a vida". É evocada, no Brasil, em alguns terreiros (vd.) e, também, no candomblé-dos-eguns de Itaparica (vd. Egúngún).
ODUNDUN - A folha-da-costa ou saião africano (Kalanchoe brasiliensis, Comb.? CRASSULACEAE). Uma das folhas rituais mais importantes dos candomblés.
OFÀ - Designa o instrumento simbólico de Òsóòsi, consistindo num arco e flecha unidos em metal branco ou bronze.
OGÃ - Título honorífico conferido, seja pelo chefe do terreiro, seja por um òrìsà incorporado, aos beneméritos da casa-de-santo, que contribuam com sua riqueza, prestígio e poder, para a proteção e o brilho do àse (vd.). Esse tipo de titulatura admite uma série de especificações que abrangem, desde cargos administrativos, até funções .rituais. A iniciação dos ogãs é mais breve e se distingue daquela dos iaôs (vd.), por excluir a catulagem, a raspagem e alguns outros rituais. Tal como as equédes (vd.) os ogãs não são passíveis de transe.
ÒGÚN - Divindade da forja e dos usuários do ferro; por extensão, da guerra e da agricultura e, também, da caça ou de todas as demais atividades que envolvem a manipulação de instrumentos de ferro. É rei de Iré e por isso chamado, no Brasil, Oníré. Costuma ser representado por um semicírculo soldado a base por uma haste, no qual se encontram, pendurados no arco do semicírculo, todo o tipo de instrumentos, que, como o conjunto inteiro, são de ferro. E filho de Yemoja e irmão de Èsú e Òsóòsì. Por isso, tem a ver com os caminhos, a caça e a pesca. Pertence-Ihe a faca sacrificial ? o òbe (vd.). Os colares são de contas verdes ou azul-escuro (em angola). Seu dia é a terça-feira. Saudação ? "Ògún yé!".
OLÓDÙMARÈ - vd. Olóòrun.
OLÓÒJÀ - Expressão yorubá que na língua ordinária significa seja o vendedor, seja o dono do mercado. Na cosmologia do povo-de-santo, a locução dono-do-mercado equivale a um dos títulos de Èsú.
OLÓRÍ - Termo que designa o "dono da cabeça", isto é, o òrìsà pessoal de cada iniciado (vd. Orí).
OLÓÒRUN - Divindade suprema yorubá, criador do céu e da terra. Deus do firmamento. É o Eléeda, "senhor-das-criaturas-vivas"; o eléèémí "dono-da-vida"; que criou o homem e a mulher a partir do barro, encarregando seu filho, Obàtálá, de moldá-los e animá-los com o sopro vivificante. De caráter inamovível, é o numinoso que permanece fora do alcance dos homens que não Ihe podem render culto. Não tem insígnias. Sua cor é o branco absoluto. É também chamado de Olódù-marè.
OLOSSAIN - Sacerdote encarregado da coleta e da preparação ritual das ervas sagradas na liturgia dos candomblés. 0 mesmo que babalossain.
ÒÒSÀÁLÁ - Este é o nome pelo qual se conhece, no Brasil, Obàtálá (o Senhor do Pano Branco) e significa "o grande òrisà". Filho de Olóòrun (vd.) foi encarregado por este de criar o mundo e os homens. Nesta ultima condição é portador dos títulos de Àjàlá, Àjàlámò e Alá-morerê. Apresenta-se ora como um jovem guerreiro, simbolizado pelo arrebol ? Òsògìnyón, ora como um velho, curvado ao peso dos anos, simbolizado pelo sol poente ? Òsòlúfón. Suas insígnias, em prata lavrada, são, em conseqüência, ora a espada e o pilão, ora o òpásorò ? um bastão com aros superpostos, adornados de pingentes, encimados por um passado (em geral uma pomba) ? símbolo do poder. Costuma-se sincretizá-lo com Nosso Senhor do Bonfim. Sua cor heráldica é o branco e seu dia a sexta-feira. A ele se dedica a grande festa popular da "lavagem do Bonfim" (vd. Lavagem). Saudação ? "Eèpàà bàbá! Eèpàà èé!"
ÒPÈLÈ ? Colar aberto no qual se encadeiam oito metades de coquinhos de dende, mediante um fio trançado de palha-da-costa. É o instrumento divinatório privativo dos autênticos sacerdotes de Ifá (vd. ? Os bàbáláwo (vd.).
ORÍ - Termo que designa a cabeça na vida litúrgica dos candomblés. É, além disso, uma divindade doméstica yorubá guardiã do destino e cultuada por adeptos de ambos os sexos. Também se diz que é a alma orgânica.perecível, cuja sede é a cabeça ? inteligência, sensibilidade, etc.
ORÍKÌ - Conjunto de narrativas da saga mística dos òrìsà que proclamam seus feitos. Ocorre também sob a forma de pequenos enigmas endereçados a uma pessoa como voto de bons augúrios.
ÒRÌSÀNLÁ - É um título de Obàtálá, a partir do qual se formou, no Brasil, o nome Oxalá.
ÒRÌSÀ - Qualquer divindade yorubá com exceção de Olóòrun (vd.). Seus equivalentes fón (vd.) são voduns. A designação das divindades do culto angola-congo que Ihe correspondem é inkice. Essas equivalências são imperfeitas, pois, ao passo que uns são forças da natureza, outros são espíritos que retornam sob a representação de animais, enquanto outros ainda são espíritos ancestrais.
ORÓGBÓ - Fava de uma planta africana adaptada no Brasil (Garcinia Kola, Hae-ckel, GUTTIFERAE).
ORÚKO - Expressão yorubá, empregada na liturgia dos candomblés, que significa "qual é o teu nome?". Ocorre na mais expressiva cerimonia publica do candomblé, conhecida como saída-de-santo, dia-do-nome, saída-de-iaô e muzenza.
ÒRUN - vd. Aiyé.
ÒRÚNMÍLÀ - vd. Ifá.
ÒSÓNYNÌN - Òrìsà das folhas litúrgicas e medicinais, imprescindíveis para a realização do culto. Na África é considerado companheiro de Ifá e também adivinho. Seu emblema são sete hastes de ferro pontiagudas, das quais a haste central é encimada por um pássaro. As sete hastes estão soldadas pela base, formando, no seu ápice, um círculo em torno da haste com o pássaro. As cores das contas de seus colares são o verde (ou azul) e o vermelho leitoso. Seu dia é, para alguns, a seguinda, e para outros, a quinta-feira. Sua saudação ? "Ewé ó!"
ÒSÓÒSÌ - Filho de Yemoja, irmão de Ògún (vd.), companheiro de Èsú e Òsónyìn, este òrìsà, considerado rei de Kétu, tem o título de ode (o Caçador). No Brasil é sincretizado, seja com São Jorge (na Bahia), seja com São Sebastião (no Rio de Janeiro e Porto Alegre). Seu símbolo é o ofà (vd.). 0 cotar votivo é de contas azul-de-viena (azul esverdeado). Saudação ? "Òkè àró"
ÒSÙMÀRÈ - Costuma ser identificado com o arco-íris e com a serpente. Representa a continuidade, o movimento e a eternidade. No Brasil é considerado irmão de Obalúwàiyé (vd.) e filho de Nàná (vd.), possivelmente em virtude de sua origem daomeana. Dele se diz que é o Rei de Jeje. Seu símbolo são as duas cobras que leva nas mãos quando dança, sendo uma masculina e outra feminina, alusão ao seu caráter duplo de macho e fêmea. Dia consagrado: terça-feira. Colares de contas verdes e amarelas listradas. Saudação ? "Aróbò bo yí!" Sincretizado com São Bartolomeu.
ÒSÚN - Divindade das águas, em particular no Rio Òsún, na Nigéria. E a segunda esposa de Sòngó, mas foi casada também com Ògún e Òsóòsì. Deste ultimo casamento nasceu Lògún-ede (vd.). Seus símbolos são o leque dourado e a espada. É pois uma iabá que se caracteriza pela coqueteria, gostando de enfeites e jóias de ouro (ou cobre amarelo). Tem o título de Ialodê ? chefe das mulheres do mercado, sendo sincretizada no Brasil com diversas Nossas Senhoras (da GIória, da Conceição, do Carmo, das Candeias, da Candelária) e com Santa Luzia. Além disso, é a Rainha de Òsogbo e Òyó. Seus colares são de contas amarelo-douradas translúcidas. Saudação ? "Rora yèyé o!" Seu dia é o sábado.
OSÙU - Artefato cônico, confeccionado a partir de substâncias sagradas de origem animal, vegetal e mineral, imposto a cabeça do noviço após as incisões rituaisfeitas sobre o alto do crânio (vd. Adósùu).
P
PÀDÉ - Rito que é desempenhado no início das cerimônias do candomblé em homenagem a Èsù, considerado necessário como rito propiciatório, pois as primí
cias sacrificiais devem caber aquele que é, além de primogênito da criação, o portador titular de qualquer oferenda. 0 seu não cumprimento é visto como implicando em perturbação de toda a ordem ritual.
PAI-DE-SANTO - vd. Babalorixá.
PAI-PEQUENO - vd. Mãe-pequena.
PALHA-DA-COSTA - Tipo de palha proveniente da Costa da África, com que se designa a região sudanesa da África Ocidental (Golfo da Guiné). Usa-se trançada em diferentes artefatos litúrgicos.
PATÉWÓ ou ÌPATÉWÓ - Palmas em cad0ncia sincopada empregadas como saudação aos òrìsà, bem como em circunstâncias que impõem o silencio, como no caso do recolhimento, para indicar uma necessidade a ser atendida. Diz-se paô.
PARÁS - vd. Candomblés.
PEJÍ - Espécie de altar onde se encontram dispostos os diversos tipos de insígnias da divindade, como as pedras votivas (òta), armas e demais objetos simbólicos, e onde estão dispostos os recipientes contendo as comidas ofertadas aos òrìsà.
PEMBAS - Espécie de giz de diferentes cores que é usado para traçar desenhos mágico-religiosos e de caráter invocatório. E mais freqüentemente empregado nos ritos de umbanda.
POMBA-GIRA - vd. Èsù.
POVO-DE-SANTO - Designação coletiva que abrange o conjunto dos filhos-de-santo de todos os candomblés.
PRETOS-VELHOS - Termo que designa um tipo de entidade característica dos cultos de umbanda. Representam os espíritos de negros escravos que se notabilizaram por sua humildade, sabedoria e magia. São conhecidos como Vovô/Vovó, Tio/Tia e Pai/Mãe.
Q
QUEBRA-DE-QUIZILA - vd. Quizila.
QUILOMBO - Local onde viveram os escravos fugidos. Locais povoados por negros fugidos, os quais, no século XVII se estabeleceram no interior do país, formando uma república. Ex: O Quilombo dos Palmares, em Alagoas.
QUITANDA-DE-IAÔ - Rito do ciclo iniciático em que são rompidos alguns dos tabus que cercam o noviço. Consiste no desempenho dramático de funções e atividades evocativas de situaq5es do quotidiano. 0 termo alude, ainda, a venda que o iaô efetua de produtos variados (frutas, doces, etc.) expostos sobre tabuleiros,como nas feiras e mercados. A origem do termo quitanda é kimbundo e significa expor, e, por extensão, feira ou mercado.
QUIZILA - Interdito ritual; o mesmo que èèwò. Na liturgia dos candomblés há um ciclo cerimonial, onde se realiza o rompimento dos tabus que circundam o noviço durante a iniciação, conhecido como quebra-de-quizila. Dele fazem parte o panán e a quitanda-de-iaô
R
RAP - Gênero musical surgido no início dos anos 1970 nos Estados Unidos da América, sendo seu nome a sigla para rhythm and poetry (Ritmo e Poesia). A música rap é um dos elementos do Hip hop; é uma espécie de texto com rimas falado em ritmo com instrumentos musicais.
ROÇA - vd. Casa-de-santo.
RUM, RUMPI, RUNLÉ - vd. Atabaques.
RUNKO - Termo pelo qual se designa o aposento destinado a reclusão dos neófitos durante o processo de iniciação. f conhecido também como alíase, camarinha ou ainda àse.
S
SAÍDA-DE-SANTO - vd. Orúko.
SAKPATÁ - vd. Obalúwàiyé.
SANTO - vd. Òrìsà.
SAWORO - Artefato de palha trançada e que tem como fecho um guizo. 0 noviço deve tê-lo atado ao tornozelo, e port5-lo durante um largo período ap6s a sua reclusão. Um dos símbolos cerimoniais da sujeição do iaô numa casa-de-santo.
SIRI - Conjunto de danças cerimoniais onde ocorrem distintos ritmos, cânticos e estilos coreográficos característicos do desempenho de cada Òrìsà.
SÒNPÒNNÓN - vd. Obalúwàiyé.
SÒNGÓ - Divindade iorubana do raio e do trovão. Descendente do fundador mítico da cidade de Òyò e seu 4º. rei. Seu símbolo é o machado duplo, notabilizando-se ainda como o dono da pedra-do-raio, indispensável aos seus assentamentos. E viril, como atestam suas várias esposas (Òsun, Oba, Oya), violento e guerreiro, distinguindo-se, sobretudo, pelo seu senso de justiça, aspecto mais desenvolvido da sua representação no Brasil, e que o liga a São Jerônimo, com quem é sincretizado. Suas cores são o vermelho e o branco. Seu dia é quarta-feira. Saudação ? "Ká wòóo, ká biyè sí!"
T
TAMBORES-DE-MINA - vd. Candomblés.
TATA-DE-INKICE - vd. Babalorixá.
TEMPO - É um índice. Corresponde ao ìrokò nagô. Muitas vezes seus assentamentos (vd.) se encontram ao ar livre, isto é, "no tempo". Dele se diz que é o dono da bandeira branca que distingue as casas-de-santo (vd.). Seu símbolo é uma grelha de ferro com três pontas-de-lança. É sincretizado com São Lourenço, santo católico que sofreu o martírio sobre uma grelha.
TERREIROS - vd. Candomblés.
TETEREGUN - Planta da família das ZINGlBERACEAE (Costus spicatus, SW.). É conhecida, ainda, como sangolovô e cana-de-macaco. Na classificação das folhas liturgias é considerada de agitaçåo.
V
VODUN - vd. Òrìsà.
X
XANGÔS - vd. Candomblés.
Y
YEWÀ - Òrìsà feminino do rio e da lagoa Yewè, na Nigèria. Uma das iabás, considerada ora irmã de iyásan, ora esposa de Òsùmáré. Seu nome significa beleza e graça. As cores de seus colares são o vermelho e o amarelo. Usa como insígnias o arpão, a âncora e a espada. Ha um vodun daomeano com o mesmo nome, cultuado em São Luís do Maranhão. Saudação ? "Riró!".
W
WÁJÌ - Nome litúrgico do anil ou índigo, a cor azul-escura.
Fonte: Expressões retiradas do Livro: A Galinha-D'Angola, de Arno Vogel, Marco Antonio da Silva Mello, José Flávio Pessoa de Barros/Editora Pallas, no Site União Umbandista dos Cultos Afro-Brasileiros. www.uucab.com.br
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